terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Foto de Jorge Henrique
- Bom dia!

- Que bom dia? É boa madrugada! É 3h45, cara

- Eu sei e tenho notícias ruins

- Hã?

- O governador Marcelo Déda faleceu agora há pouco

- Você está de brincadeira comigo né? Me acorda de madrugada para contar boatos do WatsApp!

- Que boato de WatsApp! É sério, ele acabou de morrer, colocaram no Twitter

- Meu Deus do céu! Você ainda acredita no que colocam no Twitter! Vá dormir rapaz! Isto é conversa fiada.

- Não é não! Foi a família que publicou!

- Rapaz, o que mais teve no WatsApp foi print de conversas fake dos familiares de Déda no Twitter.

- É sério! Vai sair um boletim agora na TV, assista!

Os dois ficam mudos e um minuto depois

- Ainda assim acho que isso é piada de péssimo gosto do WatsApp.

Em tempo, me solidarizo com familiares e amigos do governador Marcelo Déda. Já o entrevistei diversas vezes e tínhamos agendado uma entrevista exclusiva para o quadro Papo Reto do GloboEsporte.com/SE, mas infelizmente ele foi internado uma semana depois

sexta-feira, 15 de novembro de 2013


- Pai, porque este pessoal corre tanto?

- Eles querem saber quem é o mais rápido

- E porque eles querem saber quem é o mais rápido?

- É um esporte meu filho, é uma maneira de se exercitarem e entreterem ao mesmo tempo

- Mas precisa ter um mais rápido que o outro? Não podiam correr sem a competição?

- Sim, mas aí ficaria sem graça

- E qual é a graça de competir um com o outro?

- Saber quem é o mais rápido

- Mas só isso?

- Não, mas eu não sei o resto

- Então eu posso me inscrever no BBB?

- Claro que não, para que você faria esta bobagem?

-Competir e ver seu eu posso ser o mais rico no final

- Macacos me mordam! Não e ponto final! Vá jogar videogame!

- Oba! Era isso que eu queria!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013


Físicos americanos estudaram a dinâmica do respingo da urina e descobriram maneiras para ajudar homens e mulheres a serem precisos na hora de urinar.

domingo, 3 de novembro de 2013

Dormir até ao meio dia, tomar sorvete até dizer chega e assistir a um monte de filme. Esta foi a minha programação para o último dia das férias. Mas tudo foi para o espaço.

Para começar, acordei às 5h da madrugada, para levar minha irmã caçula até a rodoviária. Cinco da madruga véi! Irmãos mais novos, desde Isaú e Jacó subjugando os mais velhos.

Tentei o projeto do sorvete. Mas sorvete está muito caro e a pessoa está voltando das férias, ou seja: liso. Falta de dinheiro, desde a criação do mundo fazendo as imaginações se concentrarem no cérebro.

Sobraram os filmes. Mas não é que no último dia das férias o chuveiro resolve lascar na parte superior e jorrar água por todo o banheiro? Passei todo o dia procurando um produto novo. Sem grana, resolvi eu mesmo instalar. Resultado: o infeliz ficou vazando. Jornalistas, desde Clark Kent e  Lois Lane desastrados e horríveis no planejamento das férias.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Produtor: Alô!

Candidato a ser pauta: Aqui é Fulano de Assis, tenho uma sugestão de pauta para vocês.

Produtor, que esta louco por uma pauta: Opa! O que o senhor manda?

Candidato empolgado: Meu filho foi campão do mundial de gude no final de semana passada.

Produtor, agora confuso: Campeão mundial de quê?

Candidato, puto com o desconhecimento do produtor: Gude meu filho. Aquelas bolinhas pequenas que a gente coloca nos buracos. Meu filho foi campeão mundial de gude.

Produtor, querendo de volta o respeito do candidato a pauta: Que legal! Não sabia que tinha torneio mundial de gude. Onde foi isso?

Candidato a ser pauta: Foi aqui no bairro da Muriçoca. Foram mais de cem competidores.

Produtor, ainda surpreso: E quantos países participaram?

Candidato a ser pauta: Nesta primeira edição só o Brasil.

Produtor, doido para tirar onda com o candidato: E porque Campeonato Mundial se só o Brasil participou? Teve atletas de outros Estados pelo menos?

Candidato, vendo que sua sugestão não vai dar certo: Só foram atletas daqui da cidade. É o primeiro mundial e é assim mesmo. Você já ouviu falar em outro torneio de gude?

Produtor, com uma solução: Vamos fazer o seguinte, nós vamos entrevistar seu filho, mas teremos que mudar o nome do torneio para Municipal Cup de Gude. Certo?

O agora pauta: certo!

E assim, o produtor criou mais uma pauta, deixou o repórter mais puto da vida e o pautado ganhou uma mídia.

Infelizmente é assim que os repórteres acham que a gente produz as matérias deles. E não é bem assim.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Já escrevi aqui no Isca do Jornalista sobre a relação entre produtor e repórter (veja aqui e aqui). Neste mês de setembro senti na pele o que é ser um produtor de televisão. Mais precisamente para o Globo Esporte da TV Sergipe. É a função mais ingrata do jornalismo, acredite!

Ninguém parabeniza um produtor quando uma reportagem sai benfeita. Poucos sabem o que estes seres ouvem quando um entrevistado atrasa um milésimo de segundo. Quase ninguém enxerga os olhares ferozes quando os seres superiores (repórteres) não gostam da pauta.

Mas descobri que não são só os repórteres os que castigam as mentes dos produtores. Os pautados não ficam atrás. Por exemplo, a gente marca a entrevista para ser às 14h, na Praça João Paulo II,  em frente à igreja. O cidadão chega às 14h30 e fica esperando em frente à padaria. Quem leva chumbo? E quando não aceitam o foco da matéria? As orelhas esquentam.

Ao contrário do que pensava, porém, produtor, repórter e os pautados não são inimigos. São colegas que buscam a mesma coisa: a boa reportagem. Inimigo mesmo é uma senhora que sempre está do outro lado da linha e diz: 'este número está fora de área ou desligado. Tente mais tarde'. Os produtores 'pira' quando ela aparece.

A experiência foi ótima. Minha gratidão a Palloma Vasconcelos que sofre há um bom tempo e ama a profissão. Que o estagiário, Felipe de Pádua, leve na esportiva os desafios desta função.

Amanhã, demonstro como os repórteres imaginam nosso trabalho.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Flagra de um carcará em Aracaju
Primeira foto da criança, carcará escondido
Estar sempre preparado para tudo. Esta é a mensagem que meus pais me dão todos os dias. Como pseudo fotógrafo, sempre quis fotografar animais incomuns. No último domingo fiquei cara a cara com um deles e quase perdi a oportunidade.

Estava de serviço, um belo de um plantão dominical, fui tomar água no corredor quando me assustei com um pássaro enorme. Fiquei sem saber o nome da criatura e como estava sem os equipamentos, fui pegar a câmera na redação, quando voltei, ele já estava escondido.

Mas a criança voltou e desta vez não me pegou desprevenido. A câmara não era a mais adequada para o nosso personagem, mas consegui fotografar de perto um belo pássaro chamado Polyborus plancus, vulgo carcará.

Eis a prova do Carcará

Carcará em Aracaju
De frente com o carcará



carcará em aracaju
Perfil de um carcará
carcará em aracaju
Ele me percebeu e foi embora


sábado, 7 de setembro de 2013

Parece que o país está sem controle e sem liderança. A polícia não consegue controlar os vândalos e os que protestam não estão satisfeitos com as respostas que o poder público dá. Mas não consigo aceitar que está confusão toda partiu do povo, que não há um líder por trás desta campanha contra desigualdade social, injustiças e corrupção.

Se não há um líder, a sociedade brasileira merece um estudo sociológico. Precisa ser alvo de estudos dos sociólogos. Historicamente, os povos que derrubaram os poderes vigentes o fizeram com uma liderança. Os sul-africanos têm Nelson Mandela. Os negros americanos contaram com Martin Luther King. E por aí vai.

Caso tenha, uma preocupação me vem a mente: quem é este cidadão? O que ele quer? E quais são os seus reais motivos? Seria melhor, caso haja um líder, que a identidade desta pessoa não estivesse mascarada. Por que está se escondendo? Nosso país sempre foi diferente, tento acreditar que o Brasil inovou e o povo tomou o poder.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Arena palestra Itália

Assisti recentemente a entrevista do ministro dos esportes Aldo Rabelo ao ESPN e resolvi colocar minha opinião sobre a construção das Arenas para a Copa do Mundo no Brasil neste blog. Em primeiro lugar concordo que a mudança de orçamento em cada estádio não se justifica. Como uma praça esportiva começa com previsão de gasto em milhões e termina em trilhões?

Neste sentido acho válido os questionamentos. Mas tenho razões mais fortes para aceitar as novas arenas.

Ouço muita gente questionando estádios padrão Fifa com escolas e hospitais padrão porcaria. É revoltante esta disparidade. Mas não pense os senhores que o dinheiro dos esportes vai para a saúde e vice versa. O fato de não construir arenas não quer dizer que hospitais sejam erguidos no lugar. Como aconteceu em 500 anos deste país.

Se fala muito no pequeno público em estádios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste em seus campeonatos estaduais e a necessidade de grandes monumentos nestes locais. Mas torneios ricos como paulista, carioca e gaúcho não empolgam e mesmo assim tem grandes estádios. Não se pode medir a necessidade de um grande estádio pelos estaduais e sim pelos torneios nacionais. E nestes eventos, sempre tem gente reclamando que não conseguiu ingresso.

O Club Sportivo Sergipe, por exemplo, terá que jogar fora do estado por não ter um estádio com capacidade superior a oito mil pessoas que não seja o Batistão e o Presidente Médici. O primeiro em reformas e o segundo não atende a distância mínima imposta por uma condenação do STJD.

 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sergipe e Vitória da Conquista

Sergipe encara o Vitória da Conquista neste domingo, nO interior da Bahia, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro da série D. Quem vencer fica com a vaga para a próxima fase e continua na briga pelo acesso à serie C. O time de Aracaju vai com uma pequena vantagem, a do empate.

Durante boa parte da competição o Sergipe esteve em primeiro lugar, mas foi só dois acidentes acontecerem para o time de Givanildo Sales perder o status de favorito. Agora, o colorado tem que provar que não é cavalo paraguaio.

Givanildo desistiu do 4-3-3 e retorna ao esquema tático campeão sergipano: 3-5-2. Na prática o time vai jogar com a mesma característica: pelas laterais e com lançamentos em direção a Leandro Kível e Lucão.

O professor do Bode, Ubirajara Veiga, tem nas mãos uma equipe bem diferente daquela que o Sergipe venceu na primeira rodada. O time está mais experiente, mas ainda sem entrosamento. De qualquer forma, joga em sua casa. Resta saber se a torcida local vai comparecer. Com o Festival de Inverno rolando, acho que teremos um Lomanto Júnior bem frio.

No papel o Sergipe é mais time, mas papel só serve para ser rasgado depois. Mesmo assim, acredito no time de Aracaju.

 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

carro velho, fiat 147
Demora a pegar de manhã cedo. Aliás, em qualquer horário. Mas quando pega, todos sabem. Faz muita fumaça, o motor ronca que é uma beleza e a lotaria bate mais que escola de samba no carnaval.

É o carro velho! 

Na rua, é fácil de ser percebido. Em uma economia aquecida como é a do Brasil, carro velho nas ruas chama mais atenção que Camaro amarelo.

Até que o motor para. Ainda bem que é no sinal vermelho. Após várias tentativas em vão de recuperar a ignição, o motorista desce e tenta estacionar. Enquanto se esforça nesta missão, é homenageado com várias buzinadas.

Olha a quantidade de combustível, motor, bateria e nada. Então, chama um mecânico. Este, só dá uma olhada na lata velha e resolve o problema com uma pancada no motor. O carro funciona e leva seu dono para o trabalho.

Na volta para casa, o mesmo ritual, mas desta vez o motorista já sabe a solução: porrada no motor e fim de mais um dia cansativo para o motorista e o carro velho.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Com uma câmera GoPro, Letcho Devegili fez um vídeo em time lapse do Valle Nevado, no Chile. São mais de mil fotos, que foram feitas no dia três de outubro de 2010.

É um vídeo de arrepiar.

Confira!




segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Um homem foi filmado limpando o rosto com uma cédula de 50 euros durante uma corrida de cavalos em Galway, na Irlanda.

Um repórter da emissora de TV "RTE" falava com um entrevistado, quando um homem, ao fundo, tirou a cédula do bolso e a usou para secar o rosto, já que estava chovendo no momento.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Filme em time lapse do Glacier National Park, Parque Nacional Grand Teton e Wyoming Beartooth rodovia. As fotos foram feitas por Guy Strong.






Imagine se os cartolas vivessem do futebol e recebesse o dinheiro diretamente da torcida. Como seria a relação em caso de atraso de salário?

Cartola - Olha, estou com salário atrasado. Quero receber meu dinheiro

Torcida - Ignora

Cartola - Eu tenho uma família, não posso passar mais de dois meses sem receber.

Torcida - Ignora

Cartola - Vou colocar na imprensa, no Facebook e no Twitter. Montei um time, mas não recebi meu salário.

Torcida - Ignora

Após colocar na imprensa a torcida responde - Não pagamos ao cartola, pois a campanha do time não correspondeu. Brigamos para não cair. A culpa por não ter dinheiro é deles mesmo.

Opinião: o jogador foi contratado e deve receber o acordado, independente se a campanha do time no campeonato foi boa, ou não. Cartola me sai com cada resposta quando questionado sobre atrasos de salários.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ser jornalista é uma honra, mas há seus desafios, principalmente se a pauta em questão é a guerra. Neste artigo mostro quatro imagens de jornalistas em perigo.

A segunda é uma montagem, mas retrata bem como é trabalhar a beira de um campo de futebol.

imagem de um jornalista sendo revistado
Repórter dentro do campo de futebol
repórteres fotografam enquanto jogam bombas
Repórteres são atacados

terça-feira, 23 de julho de 2013

Recentemente falei como funciona o trabalho de um pauteiro no texto "A pauta que o pariu". Hoje vou mostrar como funciona a relação entre estes profissionais, também conhecidos como produtores, e os repórteres. São atividades diferentes, mas um depende do outro para produzir um bom conteúdo jornalístico.

É mais ou menos assim:

Repórter liga para o pauteiro e diz - Você colocou na pauta que o entrevistado estaria na praça às 15h, são 15h05min e nada dele. Tem certeza que ele falou 15h?

O produtor, que está apurando mais duas possíveis pautas responde - Claro que eu tenho. Você ligou para ele quando chegou?

O repórter responde - Eu ainda tenho que ligar? Pensei que já estivesse tudo certo.

O produtor percebendo a 'boa vontade' do repórter cutuca - Claro que está tudo certo, mas ele pediu para ligar e eu coloquei na pauta esta informação. Você leu?

O repórter olha na pauta para ver se realmente tem esta orientação e diz - Claro que eu li, só achei que já estava tudo certo.

Pauteiro, agora com um tom que se usa para mandar o repórter a lugares impublicáveis, mas diz - Então liga para ele e faça a entrevista.

Três minutos depois...

Repórter - Estou ligando, mas o telefone do entrevistado está desligado.

Produtor - Como assim? Ligou para os três números que indiquei?

Repórter - Sim, os três não estão concluindo a ligação.

Produtor - Só um momento...

Dois minutos depois...

Produtor - Acabei de falar com ele, ele disse que está no banco de frente para o Mercado, como indiquei na pauta. Onde você está?

Repórter - Aqui na pauta só diz que ele estaria na praça, e eu não o vejo. Estou no meio da praça.

Produtor - Está no último parágrafo. Vá até o banco em frente ao Mercado que você vai encontrá-lo.

Assim, o repórter encontra o entrevistado 30 minutos depois, que vai logo avisando: - vocês demoraram muito, só tenho cinco minutos para a entrevista.

LEIA TAMBÉM!

A pauta que o pariu

O salário do jabá é o descrédito

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O blog é sobre jornalismo e jornalistas, mas usa o termo isca. Então selecionamos sete imagens de pessoas pescando para iniciar esta semana.

Confira!

imagens de pessoas pescando
Imagens de pessoas pescando
imagens de pessoas pescando
imagem de pessoas pescando
imagens de pessoas pescando
imagens de pessoas pescando
imagens de pessoas pescando

sexta-feira, 19 de julho de 2013

"Eric Arthur Blair (Motihari, 25 de Junho de 19031 – Londres, 21 de Janeiro de 1950), mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell, foi um escritor e jornalista inglês. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita", é o que diz o Wikipédia sobre George Orwell.

Este cara determinou seis regras para a boa escrita. Confira!

1. Não use uma palavra longa se uma curta resolve.

2. Se der para tirar alguma palavra, tira.

3. Não use a voz passiva quando der pra usar a ativa.

4. Nunca use figuras de linguagem que você esteja acostumado a ler por aí. Elas viraram lugar-comum. Perderam a graça.

5. Não use um jargão quando você puder imaginar uma palavra do dia a dia. 
6. Quebre qualquer uma dessas regras antes de escrever algo que soe tosco

quinta-feira, 18 de julho de 2013


Veja como é o caminho de Aracaju até São Cristóvão. Vídeo feito em time-slape por Alexandre Viana em 2011.

A cidade de São Cristóvão é um município localizado na Região Metropolitana de Aracaju. Foi a primeira capital de Sergipe, até a transferência para Aracaju em 17 de março de 1855. E tem o título de quarta cidade mais antiga do Brasil.



Um filme em time-slape, feito pelo fotógrafo e cineasta Ed Beck, com sua Canon7D e um tripé mostra uma Colômbia diferente do que é noticiado por aqui. Não tem guerrilheiros, a economia em uma crescente e com belas imagens de suas florestas. 

Assista!




segunda-feira, 15 de julho de 2013

Olá pessoal! Hoje vou falar de um assunto muito importante, principalmente para estudantes: escrever redação. As pessoas acham que escrever é complicado demais e carregam isto em suas mentes a ponto de esquecerem de procurar soluções. Por isso, vou apresentar uma dica que sempre uso para escrever redação e crônica.

Imagine um tribunal. O que temos em um julgamento? Um juiz, um advogado de defesa, um advogado de acusação (promotor) e um réu. Com esta imagem, procuro não escrever na pessoa do juiz, que está ali para julgar os fatos, por isso precisa de muita experiência. Não escrevo também na perspectiva do réu. Como minha mãe diz: 'réu, calado não tem razão'.

Na hora de escrever, prefiro me imaginar no papel ou do advogado ou do promotor.

Exemplo: uma redação sobre a política brasileira e o povo na rua

Se escrevesse como juiz, falaria todos os pontos prós e contra desta crise e no final acabaria não contando minha opinião sobre o fato. Esqueça o posto de réu!

Como advogado, ou aprovaria o governo (advogado de defesa) ou me juntaria aos protestantes (advogado de acusação). Poderia ser o contrário também, depende do seu ponto de vista.

Sendo assim, imagine que você quer defender o povo nas ruas. Mostrar que esta agitação é culpa do governo. Terá que mostrar, também, que o fato de existirem baderneiros, o povo não compactua com a violência praticada por estes.

Todos os seus argumentos, seriam para defender a ação do povo nas ruas do Brasil contra a corrupção. Usaria até um argumento utilizado por quem defende o governo atual contra eles próprios (os baderneiros).

Em redação e crônica a grande sacada é se colocar ou no papel de acusador ou no papel de defensor. Não queira ser juiz em redações, principalmente para entrar em uma faculdade ou concursos públicos. Além de exigir muitos conceitos, você acabará não se expondo como deveria. Afinal, uma redação é para testar seu nível de argumentação, e não de julgador.


OBS.:

Não uso este recurso para escrever matérias jornalísticas. Neste ramo, não damos opiniões, apenas apresentamos os fatos. Por tanto, ele não se aplica.


Leia também


Como escrever eficazmente em um Netbook ou iPad


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Estou acompanhando o desafio do colega jornalista sergipano Cristian Góes em provar que não é criminoso por escrever crônicas. Não conheço o comunicador pessoalmente, apenas seu trabalho como presidente do Sindicato dos Jornalistas em Sergipe, também não conheço o autor da ação judicial, o desembargador Edson Ulisses, por isso, me aterei aos fatos.

Fato 1: o jornalista escreveu uma crônica ficcional descrevendo como age um coronel. Não cita nomes, não cita fatos e deixa claro que o texto não é um fato jornalístico.

Fato 2: o desembargador se sentiu ofendido com o artigo e processou o jornalista de injúria, pois o texto ''deu a entender'', como diz a sentença, que a expressão ''jagunço das leis'' seria uma referência a ele, Ulisses.

Fato 3: o Juiz de Direito Substituto, Luiz Eduardo Araújo Portela, condenou o réu a sete meses e 16 dias de detenção.

Opinião 1: é crime escrever crônicas, contos, romances, textos jornalísticos, etc? Não! Muito pelo contrário, faz parte do processo democrático. Assim, entendo que o fato 1 não justifica uma condenação a sete meses e 16 dias de detenção, pena que foi convertida em prestação de serviços em entidade assistencial.

Opinião 2: apesar disto, o fato 2 tem sua legitimação. Afinal, o desembargador se sentiu ofendido, por ser cunhado do governador Marcelo Deda, e o termo 'jagunço da lei' poderia ser uma provocação à sua pessoa. Mas o processo não precisava ir tão longe.

Opinião 3: se o fato 2 não foi nenhum absurdo, o fato 3 acredito que sim. Como é que se condena uma pessoa, em um país que dá liberdade de expressão aos seus cidadãos, por ter escrito um texto ficcional? Ouço músicas com ameaças a policiais, com referências claras a atos sexuais, vandalismos e baboseiras do nível e ninguém, até agora, foi considerado criminoso por isso.

Ora, até onde eu sei, ficção é fruto da imaginação do autor e ele tem direito a divulgar suas imaginações. Embora toda ficção reflita a realidade, não é um fato e não pode ser tratada como tal.

Espero que a decisão seja revogada, pois ficará insuportável se dedicar a escrita ficcional neste país. Imagine artigo como este.


Leia também!

O que funcionários de uma redação gostam de ouvir e falar

O salário do jabá é o descrédito

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Givanildo Sales
Givanildo Sales exige pressão nos primeiros 15 minutos
Os torcedores do Fluminense não irão gostar deste texto. Vou mostrar neste artigo que o time do Sergipe, campeão recentemente do Campeonato Sergipano e o líder do grupo A4 do Campeonato Brasileiro da série D usa a mesma tática da LDU, campeã da Copa Libertadores e Sul-americano.

Uma característica marcante da LDU comandada em 2008 por Edgardo Bauza e em 2009 por Jorge Fossati era atacar os 15 minutos iniciais e os 15 minutos finais de cada tempo. Não é atoa que 90% dos gols da equipe equatoriana saíram neste espaço de tempo nestas competições.

A mesma estatística acontece com o Sergipe, comandado por Givanildo Sales em 2013. Dos gols marcados no Estadual e no Campeonato Brasileiro, mais de 80% aconteceram entre os 15 minutos iniciais e finais. Entre estes períodos, o time tenta manter a posse de bola em seu campo.

Edgardo Bauzo
Edgardo Bauzo deu ao LDU um título inédito
É uma estratégia interessante! Pois é nesta faixa de tempo que os times estão mais 'relaxados' e um gol logo de início obriga o rival abrir a defesa. Um tento na parte final elimina as possibilidades de reação do adversário. A última vítima do Sergipe foi o Juazeirense, que levou o primeiro gol aos 11 minutos do 1º tempo, se abriu tanto, que levou mais cinco depois.

Givanildo Sales pede a mesma coisa que Edgardo Bauzo e Jorge Fossati pediam aos seus atletas. Foi assim, que o grupo colorado acabou com um jejum de títulos que durava nove anos. Quem sabe não entram para história ao subir o Sergipe para terceira divisão no Campeonato Brasileiro.

Apesar das semelhanças e disputar torneios inferiores, o Sergipe mostra que tem mais recursos. Enquanto a equipe equatoriana abusa das jogadas pela direita, com Urrutia (2008) e Guerrón (2009). A equipe sergipana também joga pelas pontas, mas usa as duas, sempre com cruzamentos em direção a Leandro Kível e Lucão.

Você pode ler também
  1. Lições do Cartola para montar times de futebol
  2. A função do jornalismo esportivo
  3. Muitos caciques para poucos índios no Club Sportivo Sergipe

terça-feira, 9 de julho de 2013



Imagine aviões pousando e decolando nas mesmas avenidas em que muitos carros transitam. O cineasta argentino Fernando Livschitz imaginou e fez um vídeo desconcertante nas ruas de Buenos Aires. A trilha sonora é com Let Your Love Flow, de the Bellamy Brothers.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Quem no Brasil não conhece a fama de Eike Batista? Já foi um dos homens mais ricos do mundo. Hoje, o noticiário sobre o empresário é sobre a queda de valor dos seus investimentos.

Não é fácil encontrar o Eike Batista, mas se algum dia isto acontecer, preparei três perguntas para o empresário sobre o seu declínio. Ele tem boa comunicação pela internet, mas seria legal mesmo pessoalmente.

Confira!

1- Uma das lições de empreendedorismo é conhecer o produto em que está se investindo. Você investiu em um monte de negócios que provavelmente não conhecia. Isto seria uma das explicações para a sua queda financeira?

2- O que dizer para as pessoas que investiram em seus produtos que não saíram do papel?

3- O sucesso subiu para cabeça?

sexta-feira, 5 de julho de 2013



quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ontem (quarta-feira), em uma propaganda antes de um vídeo do Youtube, dei de cara com Carlos Moreno, o ex-garoto propaganda da Bombril, fazendo propaganda do Contplay. No merchandising ele fala que agora não se apresenta mais para vender um produto e mostra um sistema em que o cidadão assiste a algumas propagandas e ganha pontos, que podem ser trocados por produtos.

Após a aparição dele, consegui assistir a meu vídeo em paz. Mas, como os meus colegas afirma na redação: 'só que não'.

É que fiquei pensando: 'seria mais um golpe na internet?'. Dei uma varredura na rede mundial de computadores e só achei notícias informando sobre a novidade.

A Contplay tem parcerias com o IbaiTunesEditora Abril e CineMark. Os pontos podem ser trocados por produtos destas empresas, é só assistir as propagandas.

Me inscrevi para testar este sistema de marketing. Assisti a 20 propagandas. O que me rendeu 21 pontos. Assim, pude trocar por uma edição do jornal Lance, que custa pouco mais de um real. Parece ser uma troca justa.

A meta agora é alcançar 430 pontos, para comprar o filme 007 - Skyfall, no iTunes. Imagine quanta propagandas vou ter que assistir? O que me dá a certeza que não é dinheiro fácil. Quando fecho os olhos, só vejo propagandas. Sacanagem.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Você já sonhou morando em um castelo? No Reino Unido transformar isto em realidade está mais em conta que morar em apartamento. Tudo bem, é alugado, mas com preço de banana. São os 'guardiões de propriedades', como nomeou a BBC.

A matemática é simples. As empresas tem prédios inabitados, protegê-los dos vândalos é caro e para atrair inquilinos, oferecem o imóvel por módicos alugueis. Na outra ponta está o consumidor, que quer juntar uma grana para ter seu próprio imóvel, mas não tem como fazer isto pagando altos alugueis. Juntou a fome com a vontade de com

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Muitas pessoas acham que jornalismo se restringe ao trabalho do repórter e do apresentador. Mas o sucesso destes dois profissionais depende, e muito, da qualidade do pauteiro, mais conhecido como produtor.

Este cidadão desconhecido do público costuma, ou deveria ser, um dos mais experientes. A ele cabe a missão de encontrar, depurar e mastigar as principais notícias do dia. Os coitados precisam se matar para entregar aos repórteres e este passar para os consumidores.

A pauta está em todos os lugares. Apesar disto, é preciso ter olho clínico para encontrá-lo.

Qualquer pessoa sabe determinar que um fato inédito ou bizarro é notícia. Quantos internautas entregam gratuitamente informações sobre acidentes, assassinatos, ação da natureza para sites jornalísticos? Isto mostra que mesmo sem conhecimento específico, eles sabe que isto é informação. Afinal, eles consomem.

Mas estas coisas não acontecem com frequência que os pauteiros queriam. Além disso, é preciso preencher as páginas dos jornais impressos e virtuais, cumprir o horário reservado para o rádio jornalismo e televisivo.

Nestes momentos é se revela o bom pauteiro. Ele descobre em algo tão batido um fato inédito ou uma abordagem ainda não utilizada pelos concorrentes.

Um dos grandes pauteiros de Sergipe, o finado Cleomar Brandi, ensinou que um bom exercício para ser produtor de qualidade é escrever crônicas regularmente. Fica a dica!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Já disse, no post anterior, que sou favorável às grandes manifestações contra o governo do Brasil. Temos muita corrupção, infelizmente. Mas também disse ser contrário à violência que alguns estão usando.

Desde quando a porrada resolveu alguma coisa?

O engraçado é que alguns jogam pedras em órgãos públicos, queimam ônibus, agridem jornalistas e quando a polícia chega gritam: 'sem violência!'. Uma cena patética promovida por um bando de hipócritas.

Acompanhei de dentro da multidão o primeiro Ato de Aracaju contra a corrupção. Coisa linda! Os manifestantes atuaram em paz e quando um vândalo queria chamar a atenção, logo era reprimido e abafado. Mas do segundo Ato em diante, uma vergonha.

Prefeitura de Aracaju depredada, ônibus incendiados, jornalistas agredidos e muita confusão com a polícia. Tudo bem que o poder público nos molesta com hospitais nojentos, estradas esburacadas e educação de péssima qualidade. Mas creio que quebrar tudo não vai resolver os problemas. Em geral piora.

Escrevendo este artigo, me lembrei de um filme. Um garoto dizia para uma mulher: 'senhora, aqui é olho por olho. Não vai demorar muito e todos ficarão cegos'.

Já disse e repito: a ditadura e seus similares nos ensinaram que na porrada o sujeito não anda, ele cai.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Uma vez meu pai tentou ensinar este blogueiro a remar. Foi no Rio Grande, no Oeste da Bahia. E, segundo ele, o segredo para não ficar dando voltas em si era usar um lado de cada vez.

"Direita e esquerda. Esquerda e direita. Não importa a ordem, mas tem que ser um de cada vez", dizia ele.

Conto esta história para falar dos confrontos que temos durante a Copa das Confederações em todo o país. É insuportável viver em um país que torra nosso dinheiro com corrupção e os protestos são válidos.

Eu poderia estar na luta, como eles falam. Mas quando o assunto é bater e apanhar, quebrar e ser quebrado, discordo dos protestos. E óbvio, sou contra os excessos da polícia.

O motivo é óbvio, não sou fã de extremismo. Logo, não comungo com extremistas.

Extremistas podem ser gente boas, honestas, mas eles tem um pequeno problema: coam um mosquito e engolem um elefante. E isso é a regra. Na euforia de defender seus interesses passam por cima dos seus próprios ideais.

O que vejo nestes protestos? O Brasil dando voltas em seus interesses e esquecendo de remar para frente. O confronto violento poderia ser um dos lados da navegação, mas aprendi com a ditadura e similares que na porrada o sujeito não anda, ele cai.

Escrevi este post antes de cobrir os protestos em Aracaju. Por isso, esta opinião não se refere ao movimento sergipano. Em breve conto como foi a experiência. Aguarde!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Pose com os amigos concorrentes
O que seria de um rally sem emoção? Nem o tranquilo rally de regularidade escapa de deixar piloto, navegador e zequinhas com os nervos à flor da pele. No último sábado participei da minha segunda prova nesta modalidade. No ano passado até que foi tranquilo, mas este ano, o Rally Cinco Elementos da Mitsubishi foi tenso. Mas no final, queríamos repetir a dose.

Para começar o roteiro foi novo: as praias do Norte de Sergipe. São lindas! Mas com armadilhas a cada metro. Pirambu, Santo Amaro e Barra dos Coqueiros nos tiraram o fôlego. E olhe que não pegamos dunas. O terreno arenoso e cheio de água, devido a chuva que caiu no dia da prova, colocaram em teste nossa capacidade de raciocinar.

E perdemos.

Só foi sair da pista que erramos o trajeto, nos perdemos, pegamos trilha dos graduados (pessoa que corre por dinheiro e usam máquinas pesadas) e paramos em uma fazenda de criação de camarões. Com isso, perdemos tempo e o nosso piloto, Marcelo Carvalho, mostrou que é muito veloz. O carro, uma L200 Triton, provou que é forte. E a equipe, saiu reclamando de dores em todos os músculos (risos).

Apesar de nos perdemos, não erramos um PC (ponto onde temos que passar no tempo determinado) se quer, mas passamos por eles com certo atraso e perdemos mais 60 mil pontos. Mesmo assim conseguimos o pódio pela segunda vez consecutiva, só que desta vez na segunda colocação na categoria imprensa (ano passado fomos os primeiros). Por que Allan de Carvalho e Jadilson Simões, do Jornal da Cidade, não obedeceram Jorge Henrique?

quarta-feira, 22 de maio de 2013


A quarta-feira foi de muitos espirros, tosses e dores musculares para este blogueiro. Nem conseguir ir para o trabalhar. Foi neste contexto que resolvi assistir e avaliar o primeiro jogo das quartas de final da Copa Libertadores entre Real Garcilaso e Santa Fé. O jogo no Estádio Inca Garcilaso de la Vega, em Cuscu, Peru, foi bastante movimentado, com quatro gols, pênalti perdido, bolas na trave, gol anulado e os visitantes felizes.


Os dois times têm em comum o fato de jogar e deixar jogar, mas o nível ainda é abaixo do futebol brasileiro e argentino. Mas eles tiraram equipes tradicionais, o que mostra que eles sabem jogar Libertadores. Além disso, usam o mesmo esquema tático: 3-5-2.



Os donos da casa iniciaram e encerraram os dois tempos na pressão, o que obrigou os visitantes a recuarem. O time celeste colocou duas bolas na trave, mas mostrou nervosismo na hora H e sofreram pelos seus próprios pecados, o maior exemplo foi Fábio Ramos, que perdeu um pênalti após aplicar uma bela bicicleta. Mas Ramúa, que entrou na etapa final, e fez um golaço.

Visitante, os Colorados mostraram eficiência. Após a pressão, o time colombiano chegou ao ataque com bolas paradas cobradas por Bedoya.  Ao contrário dos peruanos, eles aproveitaram as oportunidades e praticamente garantiram a vaga nas semifinais.

Como jogaram

O novato Real Garcilaso sai com toques de bola da zaga até o meio campo, neste faixa, abusa dos lançamentos em busca dos atacantes Montes e Ferreira. É mais eficiente atacando pela direita. Se joga um futebol envolvente, bate com a mesma eficiência. O trio de zaga entregou o ouro neste jogo, principalmente Guadalupe, ele ajudou o rival nos dois primeiros gols.

O Santa Fé mostrou tranquilidade quando esteve sem a bola e qualidade com ela no pé. A pelota não sofre do meio campo para frente, mas atrás, costuma sofrer com bicudas. O ataque inicia no meio com Bedoya, que busca os alas Garcia e Torres.

Os donos da bola

Ramos perdeu um pênalti, mas é de longe o melhor jogador da equipe. É ele quem cria as melhores jogadas de ataque, não tem culpa se seus atacantes não são bons de mira. Aplicou uma bela bicicleta no lance do pênalti, mas vai ficar marcado pela cobrança bizarra do penal.

Bedoya é o dono do time colombiano, é ele quem domina as bolas paradas. O careca argentino lembra muito o volante Marcos Assunção do Palmeiras de 2012, hoje no Santos.

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