segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sou jornalista esportivo há um bom tempo e pelo que os torcedores do Itabaiana, Sergipe e Confiança afirmam nas redes sociais sou bem imparcial. Afinal, todos eles dizem que torço para o seu time rival.

- Esses caras (do globoesporte.com/se) torcem para o nosso rival, só fazem matérias negativas com o nosso poderoso time - afirmam os adeptos do Sergipe, Confiança e Itabaiana.

Por isso, resolvi falar sobre nossa missão

1º - Nós não somos a mola propulsora do futebol local. Ou seja, não ajudamos no crescimento do futebol do Estado. Quem deve fazer isso são os clubes com sua federação.

2º - Assim, nós apenas relatamos os fatos, não importa se negativos ou positivos. Quanto mais positivos, melhor. Mas não somos nós quem decide isso, são as ações dos dirigentes.

3º - Não somos assessoria de comunicação. Por isso, não nos interessa se o fato, que já foi exaustivamente apurado, interfira na relação do clube com o torcedor e/ou patrocinador.

Para finalizar, cito uma declaração do técnico Mano Menezes quando assumiu o Corinthians: 'O Corinthians só vai se reerguer quando os torcedores se limitarem a torcer, os dirigentes a administrar, os jogadores a jogar, o técnico a comandar e a imprensa a relatar os fatos'

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação. Em uma sociedade moderna, os meios de comunicação tornaram-se os principais fornecedores de informação e opinião sobre assuntos públicos, mas o papel do jornalismo, juntamente com outras formas de mídia, está sofrendo modificações, decorrentes da expansão da Internet.
 
Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com um ou mais personagens envolvidos.


Inicio o post com duas definições retiradas do site Wilkipédia, para ser bem simplista na exposição a seguir.

Ainda estou sem entender a repercussão negativa que tomou a charge: ‘As velhas novidades do Confiança’, publicadas no Globoepsorte.com/se. A direção do Confiança e alguns de seus torcedores alegam que a publicação desrespeitou o clube, os jogadores e sua torcida.

Como membro da equipe do Globoesporte.com posso garantir a todos que não houve nenhuma intenção em denegrir ninguém. A ideia era mostrar, de forma descontraída, o que os torcedores do Confiança achavam dos reforços anunciados. As falas foram retiradas na comunidade da referida torcida no site Facebook.com.

A publicação seguiu todos os critérios jornalísticos, embora o conteúdo em si não seja, para mostrar que não era bem isso que o torcedor queria. Em nenhum momento dissemos que os jogadores, Valdson e Da Silva, não poderiam mostrar futebol de qualidade devido seu histórico.

Por tanto, a repercussão me gera interrogações. A gente sabia que esse tipo de publicação não iria agradar boa parte dos envolvidos. Mas não fazemos jornalismo para bajular equipe A, B ou o alfabeto todo. A força propulsora de nossa atividade são os fatos. E é fato, inegável, que o torcedor não gostou. Foi isso que eles expuseram nas redes sociais e foi isso que a publicação passou.

Se o repúdio emitido pelo clube me causa estranheza, a surpresa foi maior ainda vindo de um presidente que é formado em jornalismo. Todos têm o direito de expor suas queixas, é um direto constitucional do brasileiro e o jornalista deve investir que esse direito não seja apenas teórico.

Mas, tentar impedir que opiniões não sejam publicadas sobre a premissa de que isso não ajuda o futebol é no mínimo ridículo, para não dizer crime. Será que o Confiança repensou as contratações após a charge? Será que o jogador não irá surpreender o torcedor, pois ficou magoado com a publicação? Seria o papel da imprensa esconder uma insatisfação comprovada para evoluir o futebol local? Respondo com uma palavra: não.

É fato, também, que o Confiança é o clube mais organizado de Sergipe. Assim sendo, torna-se desnecessário a tempestade em copo de água.

Não gostou da publicação? Exponha! Tem direito a isso. Agora, tentar amordaçar, pelo pretexto de que determinado tipo de prática jornalística não contribui é realmente repugnante. Só para lembrar, não estamos na ditadura.

domingo, 21 de outubro de 2012

Veja você como são os seres humanos, uma semana de férias a pessoa quer votar ao batente, três semanas depois quer e não quer pisar na empresa. Uma loucura! Apesar dos 29 anos de idade, outubro de 2012 ficou marcado como o primeiro mês de férias profissional deste blogueiro. E que férias!

Viajar foi o que bem fiz. Aproveitar os locais em que passei não. Isso porque viajei com o meu velho, que não gosta desse negócio de ficar em um lugar só. Dos mais de três mil quilômetros rodados, mais de 35 cidades visitadas, só em Areia Branca, Natal (RN), Cabo de Santo Agostinho (PE) dá para dizer que conhecemos.

Passamos por quase todos os estados do Nordeste. Vimos a seca mortal do Pernambuco; a organização das estradas do Ceará, apesar da pobreza evidente, os montes de sal do Rio Grande do Norte e as belas praias de Alagoas.

No final, cheguei em casa com os ossos fora dos seus lugares, músculos travados e a cama, com saudades dos seus donos, exerceu uma força brutal até que os mesmos estivessem na horizontal. Nas férias fiz de tudo, menos descansar, mas gostei.

 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

- Bom dia meu amigo!

- Bom dia! Só não entendi o meu amigo? Te conheço de onde?

- Eu sou desta rua, moro naquela casa ali ó.

- Engraçado, moro aqui há cinco anos e nunca o vi nesta rua.

- É que trabalho muito de dia e a noite faço alguns trabalhos na comunidade do Norte da cidade.

- Oxente! Poderia fazer uns trabalhos comunitários aqui. Tantos adolescentes sem o que fazer.

- É que eu comecei por lá e preferi manter o trabalho.

- E que trabalho é esse?

- Bom, trabalho como servidor público

- Perguntei o sobre o trabalho comunitário que o senhor faz na Zona Norte.

- Ah bom! Éééé

- É o que?

- Peraí, esqueci o nome

- Como assim esqueceu o nome do trabalho?

- Trabalho com reciclagem

- Reciclagem né?

- Isso

- Eu não vou votar no senhor não!

- Como o senhor sabe que sou candidato? E por que não vai votar na minha pessoa?

- Eu sei que o senhor não mora aqui, mora na Zona Norte. Sei que o seu trabalho de reciclagem não é comunitário, pois cata latinhas para ganhar dinheiro.

- O senhor me julga pelo que faço e por que tantas perguntas?

- Foi uma oportunidade que dei para o senhor mostrar que é diferente dos outros, mas com tantas mentiras não fará a tal mudança de seu slogan de campanha. Agora, me dê licença, preciso me recompor para testar outro colega seu, que já está na sua suposta casa, falando com o meu pai.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Você passa um ano (ou até mais) esperando por trinta dias (ou vinte) longe do chefe, dos colegas, da rotina profissional. Na semana que antecede a tão esperada férias parece que os minutos rastejam para completar o ponteiro do relógio.

Quando, enfim, você está de férias não vê nada de diferente nos quatro primeiros dias. Até que raia o quinto dia. Você não está na empresa. O que fizer não terá ligações com ela. E o pior: não tem nada para fazer de forma oficial. É tudo parecido com o amistoso Argentina e Brasil: sombrio.

É a partir deste dia que você descobre estar totalmente voltado para o trabalho. Que gosta do seu chefe, dos colegas e acredite: da rotina profissional. Coisas de humanos, seres que não sabem o que querem e quando sabem prefeririam desconhecer.

A partir do quinto dia você olha para as quatros paredes do quarto, cansado olha as da sala, vai para cozinha, volta para o quarto, passa pelo banheiro e faz uma importante descoberta: além de ouvidos, as paredes têm boca. E o concreto te ordena: pare de me olhar!

Então você vai escrever no seu blog e percebe que, exceto o terceiro parágrafo, é tudo mentira. Que você está amando as suas férias e que escreve essas coisas para ver se o tempo anda mais devagar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

- Cláudio, a próxima lanchonete está distante?

- Uns trinta minutos de viagem. Mas peraí, você nunca come em lanchonete! Está me zoando é Leide?

- Meu santo protetor dos ignorantes! Você não lê jornal não é?

- Você e seu sarcasmo religioso. Só come comida de lagarto e quer que eu desvende os segredos que uma lanchonete e um jornal têm entre si.

- Está lá na BBC, comer gordura religiosamente no mesmo horário ajuda emagrecer. E meu horário está chegando.

- Puts! Sabia que a diferença entre droga e remédio era a dose, agora tem essa de horário fixo. Não tem uma posição fixa também não?

- Que posição fixa Cláudio?

- Igual aos muçulmanos que oram para o mesmo lado.

- Santo protetor dos ignorantes! Quem descobriu foram os judeus e não os muçulmanos. É só no horário certo. Já está perto a lanchonete?

- Já passou, você me tirou a concentração com esse negócio de religião, cientistas e dietas. A próxima só daqui há vinte minutos.

- Não! Mil vezes não! Dez mil vezes não!
 
- Ainda bem que você está contando literalmente.

- Agora toda aquela gordura que eu comi ontem fará efeito contrário e vou engordar. E te odeio Cláudio!

- Leide, você sendo vegetariana vem com essa história de comer gordura, sendo cética usando termos religiosos, sendo naturista acreditar em cientistas, e quer que eu acredite que você me odeia?

- (rosnando) É impossível não acreditar nos judeus Cláudio. Os caras se multiplicaram de uma velha estéril, tiveram um filho de uma virgem, e criaram um jardim no deserto. Agora você me deixou gorda e espinhenta com sua grosseria. Fariseu!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Desde que me formei em jornalismo tive a convicção de que não deveria escolher pauta a cumprir. Aquele blá, blá, blá de que repórter tem que fazer de tudo. Mas desde que fiquei exclusivamente com esporte tem um lugar que me deixa irritado: o ginásio do Sesi de Nossa Senhora do Socorro. É lá que Socorrense e Ajax/Sergipe mandam seus jogos no Campeonato Sergipano de Futsal.

O problema é que além de escrever vou fotografar. O tal ginásio tem três luzes de cores diferentes e o piso, para variar, é colorido. No gol esquerdo a luz é branca, no meio é azul e no gol direito é amarelo. Um problemão para qualquer fotógrafo, para um amador como eu então...

Para vocês terem uma noção do problema
Tentei focar as fotos no 'lado branco' da quadra, mas a luz é fraca e as fotos ficam turvas ou escuras, quando uso uma configuração que clareia, ficam borradas. O mesmo ocorre no meio. No outro gol, a situação é o contrário. A luz é forte, mas a mistura da luz com as cores da parede e do piso deixam as fotos carnavalescas. Confesso que ainda não achei uma configuração ideal para nenhum dos lados.


Das duas, uma: ou eu aprendo a lidar com essas dificuldades e viro um fotógrafo profissional, ou o administrador do ginásio unifica a luz. Creio que a última opção é a mais viável, barata e desejável.

 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sabe aquele macaquinho do desenho Speed Racer? Pois é, ele deu nome a um grupo de pessoas que se aventuram em um rally de regularidade sem mexer no volante ou olhar no mapa que orienta o navegador. O famoso Zequinha.
 
Enquanto o piloto se desdobra para vencer as dificuldades do terreno e o navegador luta para não deixar a equipe se perder, o Zequinha tem a mesma tensão e diversão no banco de trás.

Este blogueiro assumiu o papel do primata no Rally Cinco Elementos, organizado pela montadora Mitsubishi. Foi minha estreia nesse esporte. Fui Zequinha na equipe Globo Esporte Sergipe ao lado do também Zequinha Danilo Mecenas, com Marcelo Carvalho de piloto e João Bosco de navegador.

Não pense você que o Zequinha só se diverte as custas dos outros. Quem você acha que faz os vídeos de dentro do carro? E as fotos? E quem abre as cancelas? Quem alimenta piloto e navegador? Quem troca o pneu quando furado? É o mal falado Zequinha. Graças a Deus dessa vez não teve pneu furado.

A diversão na areia, na lama e nas curvas fechadas é a mesma de piloto, navegador e Zequinha. Da mesma forma, a tensão. Nosso navegador deu uma de Pedro Alvares Cabral e trocou os caminhos. Quem orientou o retorno antes que a gente chegasse em Salvador? O Zequinha aqui. É só olhar a matéria.


 Tirando o cinto de segurança, que me deixou em situação embaraçosa em duas oportunidades. Eu e o Danilo nos saímos muito bem no banco de trás. Mudei até o termo de Zequinha para engenheiro de prova. Condiz mais com a realidade dos fatos.
 

sábado, 28 de julho de 2012


Tenho muitas ideias para escrever uma crônica no momento. Mas minha preguiça, que só não é maior que a vontade da política brasileira em resolver os problemas da educação, me faz sonhar com os escritos prontos e elogiados pela blogosfera. Como disse, sonho.

Mas nada como as Olimpíadas para injetar em minhas veias forças para transformar pensamentos em registros escritos. Sendo os Jogos de Londres responsáveis por mudar meu legado, nada mais justo que falar sobre a união mundial dos esportes.

Se houvesse um esporte para descobrir o digitador mais rápido do mundo, este blogueiro não passaria nem na primeira fase familiar, por tanto, não estaria em Londres. Mas não precisar estar no país da Rainha Elizabeth II para acumular algumas lições e transformá-la em texto.

Para começar, aquela aparição de Rowan Atkinson, o famoso Mr. Bean, foi espetacular. Sim, eu gosto do trapalhão inglês. Talvez por ser um sem o mesmo sucesso. O cara faz uma crítica aos trapaceiros dos esportes que não trabalho em equipe, fogem da disciplina e desrespeita o próximo com humor fino.

Inicialmente ele parece compactuar com o antijogo. Posa de trapaceiro. Deixa os companheiros na mão. E vence o duelo em seu sonho e ri. Mas como o teatro nada mais é que uma crítica da realidade, ele mostra que, nada verdade, os trapaceiros são pessoas que só servem como lição do que não se deve fazer.

Fotos: Agência AFP

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Na quarta-feira em que o Corinthians foi campeão da Taça Libertadores liguei resignado parabenizando o meu chefe doente pelo time do Parque São Jorge.
Ouvi do seu treinador, o Tite, que a conquista não foi fruto da sorte e sim de competência. E imediatamente discordei. Mas preferi deixar as argumentações para depois, afinal, os gambás queriam comemorar um feito inédito.


Eis que uma semana depois, após a conquista heroica do Palmeiras na Copa do Brasil, meu chefe liga. Imaginei que para parabenizar, mas fui surpreendido pela frase: 'time de sorte é este Palmeiras'.

Não basta comemorar um título inédito, os malucos têm que secar nosso Verdão, e não satisfeitos com nossa conquista, minimizam dizendo que foi sorte ou erro de arbitragem e blá blá do nível.

Mas a verdade é que pela primeira vez na história deste país, parafraseando um corintiano, um time teve azar de campeão. O Palmeiras perdeu tanta gente boa para os jogos decisivos que parecia que a fila não iria andar. Dentro de campo, Luan mostrou que é possível jogar bem com uma perna. E justamente os substitutos dos craques que definiram o título. Valeu Betinho!

Quanto ao título? Aprendi com o jornalista Cleomar Brandi que repórter só tem sorte na rua. Ou seja, no campo de batalha. Aprendi com meu pai, que não basta sorte, tem que ter a tal competência, muito usada pelo Titi, para aproveitar as oportunidades que a sorte nos dá.

O Coritiba não aproveitou. Ficou o tempo todo no campo de ataque. Teve milhares de oportunidades e não aproveitaram. Agora, ao lado dos corintianos, não podem culpar a arbitragem. Que por sinal foi horrível em São Paulo. O Palmeiras só não reclamou com mais veemência por que venceu.

Lembro que no jogo de ida do Corinthians o Mouche perdeu um gol inacreditável no último minuto da partida. Gol que quebraria a invencibilidade do timeco e talvez não estariam tão felizes hoje. E Tite diz que não foi sorte.

Tivemos sorte sim. Ao contrário dos prepotentes, defeito dos loucos mesmo, nós palmeirenses admitimos que ganhamos os dez títulos nacionais, se tornando o maior campeão do Brasil, graças à sorte.

E que a sorte continue conosco. Costumamos tratá-la com carinho.



Postado com o BlogsyPostado com o Blogsy

terça-feira, 3 de julho de 2012

O título é pesado, mas é a realidade dos fatos. Em nome do profissionalismo fake, jogadores e técnicos deixam dirigentes reféns do mercado e pior: não conquistam nada com estes pilantras.

É cada vez mais raro encontrar profissionais como Muricy Ramalho. Mesmo diante da possibilidade de realizar um sonho pessoal e profissional, dirigir a Seleção Brasileira, preferiu manter a palavra e cumprir o contrato.

No futebol sergipano molecagem é pouco para definir o que fazem. Incentivados por empresários vagabundos, eles acertam salários com o clube e chegam a se apresentar, mas um telefonema com propostas melhores o fazem rasgar o contrato e partir para outra agremiação.

E o que eles justificam? O tal do profissionalismo. Mas e a hombridade? E o caráter?

O caso mais recente, e vergonhoso, é o do Cristian, meia que, infelizmente, já defendeu o Palmeiras, assinou com o Itabaiana, mas um telefonema do Azerbaijão, fez o tal profissional nem conhecer seus colegas.

Agora, com a competição em andamento, tem jogadores deixando a Serra sergipana para ganhar uns trocados a mais. Um empresário apresenta a proposta e o atleta, feliz com a verba, avisa aos diretores que só ficam se a oferta for coberta. Pardal resolveu 'multar' na Paraíba.

Isto me lembra os políticos. Defendem uma bandeira na propaganda eleitoral, mas, após uma articulação de ideia$, eles se aliam com antigos desafetos.

Molecagem, vagabundagem, falta de caráter. Desculpem pela redundância. Mas isso o que eles fazem é tudo o que disse a cima, menos profissionalismo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

São 5h da madruga - calma, não vou imitar cantor de sei lá o que, que repete a mesma coisa o tempo todo - e estou aceso, sem um pingo de sono.
A última vez que varei a madrugada imerso em meus pensamentos e olhos vigilantes estava solteiro.

Teve uma época em que eu era um insone disciplinado. Não perdia a oportunidade de imitar as corujas.

Mas os tempos mudaram.

Trabalhar no período noturno podia até me manter acompanhado da lua, mas chegar uma hora da manhã após um longo dia (noite) de labuta me leva a crer que há um ímã entre o fim da jornada e a cama.

E casei. Minha esposa tem sono mais leve que folha seca, e por razões existenciais é melhor não atrapalhar seu momento zen com insônia desnecessária.

Depois de tanto tempo acostumado a romper o silêncio da noite com meu ronco possante, voltei a passar a noite em claro.

Ouvi música ou ler textos, sempre funcionavam. Contar carneirinhos normalmente me mantém aceso, nunca consigo acerta a sequência e acabo voltando ao Carneiro um.

Mas hoje era para relembrar os velhos tempo. Ouvi os sapos em plena metrópole. Tentar aprender outra língua - como disse: tentar. Ouvir canto dos pássaros ao nascer do dia.

E escrever baboseiras. Não poderia deixar passar esta oportunidade de tirar as teias de aranha deste blog.

 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Depois de limpar as teias de aranha, o blog Isca do Jornalista volta com toda força dia primeiro de junho. Eu acho.

Espero espantar a preguiça que travou os meus dedos nos primeiros meses do ano.

Aguarde!

 

quarta-feira, 14 de março de 2012

O Sergipe voltou aos trabalhos na última segunda-feira, quando anunciou o técnico Pedro Costa. Além do treinador, o colorado anunciou a saída de Ramon Barbosa do departamento de futebol e empossou quatro conselheiros no lugar: Reinaldo Moura, Ari Rezende, Beto Hora e Sílvio Santos.

É o Sergipe com medo do coronelismo implantado pelo ex-presidente Motinha, que decidia tudo sozinho. O problema é que o estádio João Hora terá agora muitos caciques para poucos índios.

Como a direção de futebol do clube ainda não é 100% profissional, vai ter muita gente para mandar com poucos para obedecer. No final, corre o risco de um deixar para o outro e vice-versa.

É só olhar para o desentrosamento dos diretores. Quando um jornalista liga para o supervisor de futebol, ele dá uma informação diferente que o gerente, o técnico e o presidente.

Pelo menos contrataram um assessor de comunicação, o excelente profissional Marcos Borges. Espera-se que ele receba as informações corretas. Isso, se ele não for mais um cacique.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Neste domingo (11/03/12) começa a semifinal da Taça Cidade de Aracaju, primeiro turno do Campeonato Sergipano. São Domingos recebe a surpresa Socorrense e o River Plate o Itabaiana.

Com todo respeito a São Domingos e Socorrense, Itabaiana e River fazem uma final antecipada. Foram as equipes que melhor jogaram neste estadual.

O Itabaiana leva uma pequena vantagem frente ao time de Carmópolis. O River entra em campo desgastado pelo jogo contra o Grêmio, na Copa do Brasil. O time serrano não jogou no meio de semana e tem melhores condições físicas. Aliás, os tricolores venceram os petroleiros nas duas partidas da primeira fase graças ao vigor físico.

Com três anos jogando como grande no futebol sergipano, o São Domingos tem ligeira vantagem, apesar do desgaste no empate com o Vitória, pela Copa do Brasil, na quinta-feira. Mas o Socorrense, grata surpresa da Grande Aracaju, tem a vantagem decidir em casa e tem condições de chegar afinal.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O que parecia ser um massacre do Grêmio em cima do River Plate de Carmópolis, Sergipe, virou uma vitória suada para o time do Sul, jogando pela Copa do Brasil, no estádio do Batistão. O placar foi de 3 a 2 para os comandados de Vanderlei Luxemburgo, mas poderia ser uma zebra daquelas.

A derrota do River Plate aconteceu por dois motivos: a expulsão do zagueiro Bebeto e as condições físicas do time de Carmópolis. Credita-se, ainda, ao fato de o primeiro gol da equipe gaúcha ser irregular.

Foto Jorge Henrique
O gol contra de Fernando Belém, que ele jura que foi do companheiro Wallace, deveria ser anulado, mas a arbitragem não interferiu no resultado. O pernambucano Emerson Luiz Sobral não marcou um toque de mão da zaga sergipana dentro da área.

A expulsão do zagueiro Bebeto, que foi justa, mudou o comportamento das equipes. O River que caçava virou caça e vice-versa para o Grêmio. Mesmo com um a menos, os sergipanos conseguiam dar uns sustos.

Mas o preparo físico foi para espaço. Sem pernas e diante de um adversário que sabe vencer na raça, o River não conseguiu parar os ataques. Só não foi eliminado no primeiro jogo, porquê não dava mais tempo para o Grêmio marcar.

Agora, é sonhar para que a zebra apareça no estádio Olímpico.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Os cartolas têm desculpas para todas as suas ações, principalmente as erradas. Nem sempre são convincentes, mas eles as defendem como Marcos pegava os pênaltis de Marcelinho Carioca.

Uma das desculpas mais esfarrapadas utilizadas pelos abnegados dirigentes é que no início das temporadas eles não têm dinheiro, por isso, precisam evitar contratações de jogadores caros.

Mas o torneio começa e o time perde. Os dirigentes mudam o treinador. Mas time continua perdendo. Até que eles, de uma hora para outra, arranjam dinheiro e fazem um lote de contratações bem caras.

Foi o que fez Lagarto e o Sergipe, após seguidas derrotas no Sergipano. O Itabuna tenta a mesma coisa na Bahia, mas o presidente ainda não conseguiu a tal verba, mas avisou que vai contratar.

O maior pacote de contratação foi realizado pelo Sergipe. O time contratou nove jogadores de uma vez.

Ou seja, quando a coisa aperta, mas precisamente quando a torcida perde a paciência, eles conseguem dinheiro e contratam jogadores que resolvem os problemas. E me faço algumas perguntas: "por que não fazem isso antes? Por que não se esforçam e vão atrás de atletas bons de bola na pré temporada?".

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A crise no futebol sergipano parece sem fim. Os times não conseguem emplacar bons resultados em torneios nacionais e não dão espetáculo em competições locais. O Sergipe, maior vencedor do Estado, é a personificação desta má fase com oito anos de jejum de títulos.

Confira a entrevista aqui e aqui

Em entrevista ao site da Fifa, o técnico galês Alex Ferguson, maior treinador da história do futebol mundial, apresenta algumas lições que os clubes sergipanos podem tirar.
Para começar, se você não tem dinheiro, é preciso apostar na base. Se não tem uma, as escolinhas ajudam.

Mas, como os clubes daqui são "grandes" e os garotos sentem a camisa (principal desculpa local para não se apostar na base), o mestre afirma que não se pode contratar olhando apenas DVD.

- Usarei o caso do Javier "Chicharito" Hernández como exemplo. O nosso olheiro-chefe conhecia alguém no México que falou sobre o garoto. Esse foi o primeiro passo. Ele recebeu alguns vídeos de jogos do Chivas e me mostrou. Quando assistimos, pensamos "este garoto promete", mas não dá para decidir uma contratação só vendo DVD. Então, mandei o olheiro-chefe passar um mês no México, para vê-lo em campo e fora dele também. Assim, soubemos que o pai e o avô dele haviam jogado a Copa do Mundo e que ele estava prestes a ser convocado para a seleção. Depois disso, foi muito simples trazê-lo. Cuidamos dos trâmites necessários e fechamos a contratação antes da África do Sul 2010, o que foi importante, porque depois o valor dele aumentaria.

Mas nada disso adianta se os clubes não têm uma característica importante no futebol: paciência. Com a desculpa de que futebol é resultado, nossos dirigentes contratam, demitem, contratam de novo na velocidade da luz.

Mr. Ferguson tem 25 anos a frente Manchester United, 12 títulos nacionais e uma liga dos campeões, ou seja, não ganhou sempre, este ano ele foi eliminado na primeira fase da Liga dos Campeões, mas o cara permaneceu.

Uma boa ideia para os clubes, esta é uma dica deste blogueiro, tendo os resultados como força propulsora, que tal pensar em resultados por campeonato e não por jogos. Assim, demitiriam só após um fracasso em um torneio.

As lições não param por aqui. Seria um bom começo para os clubes respeitarem seus torcedores ao disputarem um torneio, como Campeonato Sergipano, com bons jogadores, pois são eles que enchem os estádios, mesmo saindo da base.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Certa vez, ouvi o jornalista Raimundo Macedo dizer na 930 AM, emissora de rádio de Aracaju, que o treinador Luiz Pondé era uma velha raposa do futebol sergipano.

Após descobrir o significado da comparação e alguns momentos com técnico, tive a confirmação de que ele realmente é uma raposa do futebol... e da imprensa.

Para quem não sabe, quando uma pessoa consegue se livrar do seu adversário diversas vezes, mesmo em condições adversas, é chamada de raposa.

Tive esta confirmação em dois jogos.
No primeiro, uma decisão da Copa Governo do Estado entre São Domingos, time do Pondé, e o América de Propriá. Nas cobranças de pênaltis, o árbitro mandou sair de campo os jogadores que foram expulsos. Advertido por um repórter (eu), ele me mandou ficar quieto, pois o árbitro nem notaria quem estava em campo. Resultado, até ele ficou no gramado.

No segundo, foi mais recente, na primeira rodada do Sergipano 2012 no estádio João Hora. Após o empate do seu Sergipe com o Olímpico, ele conversava comigo e apareceu um repórter de rádio. Repórter que o mesmo não nutre simpatia. Quando o viu, me disse: "vixe lá vem aquele chato, deixe eu simular uma ligação aqui". Resultado, a ligação imaginária fez o radialista entrevistar um médico.
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