quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Já escrevi aqui no Isca do Jornalista sobre a relação entre produtor e repórter (veja aqui e aqui). Neste mês de setembro senti na pele o que é ser um produtor de televisão. Mais precisamente para o Globo Esporte da TV Sergipe. É a função mais ingrata do jornalismo, acredite!

Ninguém parabeniza um produtor quando uma reportagem sai benfeita. Poucos sabem o que estes seres ouvem quando um entrevistado atrasa um milésimo de segundo. Quase ninguém enxerga os olhares ferozes quando os seres superiores (repórteres) não gostam da pauta.

Mas descobri que não são só os repórteres os que castigam as mentes dos produtores. Os pautados não ficam atrás. Por exemplo, a gente marca a entrevista para ser às 14h, na Praça João Paulo II,  em frente à igreja. O cidadão chega às 14h30 e fica esperando em frente à padaria. Quem leva chumbo? E quando não aceitam o foco da matéria? As orelhas esquentam.

Ao contrário do que pensava, porém, produtor, repórter e os pautados não são inimigos. São colegas que buscam a mesma coisa: a boa reportagem. Inimigo mesmo é uma senhora que sempre está do outro lado da linha e diz: 'este número está fora de área ou desligado. Tente mais tarde'. Os produtores 'pira' quando ela aparece.

A experiência foi ótima. Minha gratidão a Palloma Vasconcelos que sofre há um bom tempo e ama a profissão. Que o estagiário, Felipe de Pádua, leve na esportiva os desafios desta função.

Amanhã, demonstro como os repórteres imaginam nosso trabalho.

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