domingo, 27 de novembro de 2011

- Marcelo diminua o ar do carro, está muito frio aqui!

- Andréia, ou esquenta ou desliga, diminuir o ar nunca, esqueceu que este carro é 1.0? 

 - Mas aquele botão ali diz que no meio não é muito frio nem muito quente. 

 - Vou te mostrar que você está acreditando muito nos políticos 

 Dez minutos depois 

 - Marcelo, está muito quente! 

 - Eu te falei! Esses ares-condicionados de carro 1.0 não presta. Ou é frio ou é quente. 

- Ares-condicionados? 

 - Sim, plural de ar-condicionado é ares-condicionados 

 - Ares ou ar diminua esse calor Marcelo! 

Dez minutos depois 

 - Eu não acredito Marcelo, que frio do Alasca é esse? 

 - Não é do Alasca querida... 

 - Que importa Marcelo! Desliga esse troço! 

 - Demorou, agora a gente usa o ar da natureza.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Jornalista, ele começou na blogosfera como muitos, após ser demitido. Cláudio Nunes viu que dava para reportar sem estar preso a uma redação.

Após entrevistar os jornalistas Susane Vidal, Fredson Navarro (jornalistas em Sergipe) e David Coimbra (jornalista no Rio Grande do Sul), o Isca do Jornalista entrevista com o jornalista Cláudio Nunes.
Polêmico, ele conta como desde de 2006 atualiza seu espaço na internet.

1 - Como surgiu a ideia de criar um blog?
Em 2006, após ser demitido pela primeira vez na minha carreia profissional, no Jornal do Dia, onde a coluna que escrevi estava repercutindo mais do que a coluna que deveria ser a “principal”. Passei por vários jornais e a TV Sergipe e pedi demissão de todos. Neste período ainda estava no comando da assessoria da Câmara de Aracaju e o jornalista Ivan Valença fez o convite para iniciar o blog na Infonet. Pensei um pouco e vi que pelo menos lá não sofreria censura ou teria um texto retirado da coluna. Comecei em 15 de maio de 2006 e o sucesso foi tanto, principalmente durante a campanha eleitoral, onde vários veículos não noticiavam alguns assuntos políticos, que em dezembro lancei um livro com os melhores textos do ano. De lá para cá recebi convite para retornar para um jornal diário, mas recusei. Se retornar a um jornal diário não abrirei mão do blog. Nestes cinco anos na Infonet nunca sofri qualquer tipo de censura.

2 - Você vive do blog?
Há dois anos abri mão de trabalhar em assessorias de comunicação. A última foi a da Câmara de Aracaju. Sempre recebo convites para assumir cargos, mas optei pelo fortalecimento do blog na Infonet, já que, mesmo com o sacrifício profissional, o retorno financeiro é satisfatório. Passei bom tempo da minha carreira a maioria dos anos trabalhando em três locais. Era uma correria diária com o sacrifício da família (as vezes só via os filhos aos finais de semana). Consegui conquistar o espaço com muita luta e trabalho. Tenho uma pessoa para selecionar os e-mails que recebo (são muitos diariamente). Essa filtragem ajuda muito no trabalho final. Tenho um compromisso profissional em Salvador, desde 2010, numa grande agência de publicidade. A vantagem da Internet ajuda muito no trabalho. Você escreve e atualiza o blog de qualquer local. Começo a escrever no final da tarde. Pela manhã, logo cedo, às 4hs, dou uma lida nos principais jornais do país e faço a atualização da coluna. Se demorar para inserir a coluna na rede recebo, por e-mail, reclamação de alguns leitores.

3 - Você já trabalhou em diversos meios de comunicação, o que difere do seu trabalho no blog?
Sem duvida nenhuma a interação com o leitor. Tem leitor que “conversa” diariamente através de e-mail. Sugere, envia textos e critica quando não falo de determinado assunto. A cobrança do leitor é diária. Quando comecei abrir logo o espaço “Do Leitor”, acho que foi importante para aumentar a interação. Não é como o jornal, que em outro dia ninguém fala mais nada. Na Internet muitas vezes algo que escrevi há uma semana continua repercutindo entre os leitores. Nada supera a Internet na área de disseminação de conhecimento e interação.

4 - Notícias com comentários já lhe renderam algum problema?
Por conta da divulgação e análise da Operação Navalha foram muitos processos. Ainda bem que ganhei a maioria, mas quando você perde, quando mexe no bolso é complicado. Por conta do espaço “Do Leitor”, tive alguns processos judiciais porque assumi a responsabilidade dos textos. Não posso quebrar essa fidelidade com o leitor que é minha principal “fonte” de informação. Mas nada fará que mude o perfil do blog:
interação constante, transparência e total abertura do espaço.

5 - Qual sua inspiração ao produzir diariamente o blog?
Não é apenas o compromisso com o leitor. Tem uma frase de Confúcio que resume o meu trabalho que fiz questão de citar no meu livro: “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida”. Não encaro acordar logo cedo, de madrugada, dá uma lida nas noticiais dos principais jornais do país e depois botar o blog na rede como trabalho. Sempre deixo claro para os leitores que é um blog opinativo. É a opinião minha dos diversos fatos, principalmente políticos, que acontecem em Sergipe. No final de 2006, no lançamento do livro, vendi cerca de 300 livros no dia. O gratificante foi que lá estavam dezenas de pessoas que não conhecia. Eram leitores de todas as faixas de idade. Isso faz manter não só a inspiração, mas a certeza que estou no caminho certo.

6 - Na novela da Globo: Insensato Coração, havia um personagem de Cássio Gabus, que era jornalista blogueiro, você se viu no personagem?
Não, raramente assisto alguma novela, não apenas pelo tempo, mas porque opto pela leitura. A última que assisti alguns capítulos, principalmente pelas imagens de Sergipe, foi Cordel Encantado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Novembro já está na metade e a frase que mais se ouvirá até primeiro de janeiro é "eu vou mudar". Depois disso, descobrimos que as promessas feitas não são compromissos. Que os projetos feitos não precisam ser executados com tanto rigor. Até chegar o novembro seguinte.
Entendo que não cumprir metade do que foi prometido seja psicologicamente importante. A final, é sempre importante ter que renovar as promessas no final do ano seguinte.
Você chega em junho e percebe que o ano não será como previsto. O que fazer? Esperar o ano acabar para mudar de vida, para emagrecer, estudar mais, investir melhor o dinheiro, ser mais atento. Mas tudo isso só pode acontecer no fim do ano.
Afinal, é no fim que recebemos o 13° salário. Promoções. Até chegar janeiro e perceber que com o novo ano vem o Iptu, Ipva entre outros impostos. E assim relaxar e não cumprir com a promessa.
Em fim, só no fim é que você percebe que pode mudar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


Em uma reunião dos endividados anônimos
- Olá, meu nome é José! Mas podem me chamar de Zé!
- Oi Zé!
- Comecei a ficar endividado logo quando recebi meu primeiro salário. Queria comemorar. Até que não foi muito, não tinha contas mensais para pagar. Mas dividi a bebida em dez vezes no cartão.
- E no outro mês Zé?
- No outro mês, ajudei minha mãe, emprestei ao Carlos e fiz outra farra.
- Outra farra Zé? Comemorar o que?
- A vida! Mas aí dividi em mais dez vezes e não paguei a primeira parcela da festa anterior.
- Que chato Zé!
- Chato é o que vem pela frente. Resolvi comprar uma bicicleta, estava uma pechincha. Dividi em mais dez vezes.
- E aí Zé?
- Depois da bike, resolvi comprar um som novo. Meu cartão já não aceitava, é que paguei o mínimo pelas faturas. Então resolvi adquirir outro cartão.
O público na reunião se identifica com Zé
E Zé continua
- E assim foi até eu chegar a 10 cartões, já se passaram dez anos, pago o mínimo de todos eles, já comprei uma moto e não terminei de pagar a bicicleta (diz aos choros)
- Mas Zé, você começou a acertar. Buscou ajuda ao reconhecer o erro.
- É! Mas para chegar a esta reunião, comprei esta roupa (enxuga as lágrimas) custou 600 reais, divididos em dez prestações (termina aos prantos).

terça-feira, 8 de novembro de 2011

- Avelino por que a rua está enchendo?
- Você não sabe Clotildes?
- Sabe do que véi chato?
- Lembra daquela panela que você jogou fora?
- Lembro! Foi a primeira de nosso casamento!
- Você lembra daquele sofá verde?
- Lembro! Pressente de seu pai pro nosso casamento!
- Lembra daquela cadeira de plástico branco que quebrou?
- Lembro! Você comprou pra jogar baralho e quebrou com seu peso!
- Lembra daquela geladeira...?
- Nem me lembra daquela produtora de choques Avelino! Mais afinal, que isso tem a ver com a enchente!
- É que jogamos no bueiro, e o bueiro não gostou do presente.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

"Como você pode ter feito isso conosco Aurora?", questiona Zé em nome de João e Antônio.
Aurora se sente imperiosa quando soube da notícia que nenhum dos três era o pai do seu bebê. Por muito tempo, ela teve que aguentar as brigas dos três.

Agora, se delicia com a informação científica. Não dá para questionar, está lá: no exame de DNA. E nenhum deles era o pai da criança.

Foi terrível. Enquanto esperava pelo nascimento, via seu nome na boca deles. Eles queriam por que queriam ser o pai da criança. Até a imprensa eles usaram para tentar persuadir de que eram o pai.

Eles se digladiaram no rádio e por isso abalaram algumas amizades. Zé, o mais convicto, não abria mão da paternidade. João, de igual modo. Antônio, sem entender direito do processo maternal, chegou a cogitar que o filho era de todos eles.

Mas o resultado do DNA foi como uma facada neles. "Como você pode nos trair com Ricardo? Logo esse fraco? Aceitaria se fosse o João ou Antônio, mas Ricardo? Nem sabia que você saía com ele ", questiona inconformado, o Zé.

Aurora, agora, se diverte.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vamos imaginar que a morte seja uma pessoa. Uma pessoa sem corpo, um espírito, não quero confusão quanto ao sexo da morte.
Vamos imaginar que a morte usa preto. Tem uma foice. E goste de aparecer e dizer: "hahahaha", com eco.
Vamos imaginar que essa pessoa, a morte, gosta de dar espetáculo em seu trabalho. Ela ceifa as vidas com mais prazer quando provoca tragédias.
Vamos imaginar que a morte gosta de mídia. Quanto mais seus serviços aparecem na imprensa, melhor.
Vamos imaginar que, além da morte, a curiosidade também é uma pessoa. E a morte e a curiosidade fizeram um pacto eterno.
O pacto é o seguinte: as pessoas humanas são atiçadas quando um outro humano passa pelas mãos da morte.
Só assim entendo porque o noticiário do IML é recorde de audiência.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

As guerras são como brigas de marido e mulher, ninguém mete a colher. Mas metem o garfo, a faca, entre outros objetos da cozinha. É incrível! Poucos ficam em cima do muro quando assistem a uma boa briga, e quando ficam, torcem para que a cobra fume.
Na defesa dos homens, os machistas denunciam que as mulheres os desrespeitam com as altas contas dos cartões de créditos, a qualidade e o atraso do almoço. Pelas mulheres, as feministas delatam os abusos masculinos, das agressões – verbais, físicas e sentimentais, principalmente sentimentais.
Na guerra, a essência das defesas tem o mesmo perfil: cada um no seu quadrado. Os defensores de Israel acusam o Hamas de provocar a nação de Abraão com homens e mulheres bombas. Os defensores do grupo islâmico preferem o discurso dos excluídos: “não temos terras, pátria, e somos perseguidos por um bando de loucos que não nos querem por perto”.
Na prática, os machistas querem que os homens ganhem na base da força masculina, as feministas querem que as mulheres eliminem os machistas com as lutas, os judaizantes torcem por Israel com apoio das balas de fuzis, e os palestinos querem que o Hamas mande Israel pelos ares, a qualquer custo. Ou seja, todos querem paz pela guerra.
Arthur Schopenhauer já dizia que as coisas devem ser refletidas pelo todo e não pelas partes. Se seguirmos o filósofo considerado pessimista iríamos todos entender que a guerra é uma estupidez da humanidade.
Estupidez porque a guerra, ao contrário do futebol, tem lógica: os fortes sempre ganham. Estupidez, porque guerra não produz paz, só outras guerras – Hitler e a Alemanha provam isso -. Estupidez, porque na guerra ninguém tem razão, só fins ilícitos.
Igualzinho a brigas de marido e mulher. Sem sentido.
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