Você passa um ano (ou até mais) esperando por trinta dias (ou vinte) longe do chefe, dos colegas, da rotina profissional. Na semana que antecede a tão esperada férias parece que os minutos rastejam para completar o ponteiro do relógio.
Quando, enfim, você está de férias não vê nada de diferente nos quatro primeiros dias. Até que raia o quinto dia. Você não está na empresa. O que fizer não terá ligações com ela. E o pior: não tem nada para fazer de forma oficial. É tudo parecido com o amistoso Argentina e Brasil: sombrio.
É a partir deste dia que você descobre estar totalmente voltado para o trabalho. Que gosta do seu chefe, dos colegas e acredite: da rotina profissional. Coisas de humanos, seres que não sabem o que querem e quando sabem prefeririam desconhecer.
A partir do quinto dia você olha para as quatros paredes do quarto, cansado olha as da sala, vai para cozinha, volta para o quarto, passa pelo banheiro e faz uma importante descoberta: além de ouvidos, as paredes têm boca. E o concreto te ordena: pare de me olhar!
Então você vai escrever no seu blog e percebe que, exceto o terceiro parágrafo, é tudo mentira. Que você está amando as suas férias e que escreve essas coisas para ver se o tempo anda mais devagar.
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