sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A crise no futebol sergipano parece sem fim. Os times não conseguem emplacar bons resultados em torneios nacionais e não dão espetáculo em competições locais. O Sergipe, maior vencedor do Estado, é a personificação desta má fase com oito anos de jejum de títulos.

Confira a entrevista aqui e aqui

Em entrevista ao site da Fifa, o técnico galês Alex Ferguson, maior treinador da história do futebol mundial, apresenta algumas lições que os clubes sergipanos podem tirar.
Para começar, se você não tem dinheiro, é preciso apostar na base. Se não tem uma, as escolinhas ajudam.

Mas, como os clubes daqui são "grandes" e os garotos sentem a camisa (principal desculpa local para não se apostar na base), o mestre afirma que não se pode contratar olhando apenas DVD.

- Usarei o caso do Javier "Chicharito" Hernández como exemplo. O nosso olheiro-chefe conhecia alguém no México que falou sobre o garoto. Esse foi o primeiro passo. Ele recebeu alguns vídeos de jogos do Chivas e me mostrou. Quando assistimos, pensamos "este garoto promete", mas não dá para decidir uma contratação só vendo DVD. Então, mandei o olheiro-chefe passar um mês no México, para vê-lo em campo e fora dele também. Assim, soubemos que o pai e o avô dele haviam jogado a Copa do Mundo e que ele estava prestes a ser convocado para a seleção. Depois disso, foi muito simples trazê-lo. Cuidamos dos trâmites necessários e fechamos a contratação antes da África do Sul 2010, o que foi importante, porque depois o valor dele aumentaria.

Mas nada disso adianta se os clubes não têm uma característica importante no futebol: paciência. Com a desculpa de que futebol é resultado, nossos dirigentes contratam, demitem, contratam de novo na velocidade da luz.

Mr. Ferguson tem 25 anos a frente Manchester United, 12 títulos nacionais e uma liga dos campeões, ou seja, não ganhou sempre, este ano ele foi eliminado na primeira fase da Liga dos Campeões, mas o cara permaneceu.

Uma boa ideia para os clubes, esta é uma dica deste blogueiro, tendo os resultados como força propulsora, que tal pensar em resultados por campeonato e não por jogos. Assim, demitiriam só após um fracasso em um torneio.

As lições não param por aqui. Seria um bom começo para os clubes respeitarem seus torcedores ao disputarem um torneio, como Campeonato Sergipano, com bons jogadores, pois são eles que enchem os estádios, mesmo saindo da base.

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