terça-feira, 1 de novembro de 2011

As guerras são como brigas de marido e mulher, ninguém mete a colher. Mas metem o garfo, a faca, entre outros objetos da cozinha. É incrível! Poucos ficam em cima do muro quando assistem a uma boa briga, e quando ficam, torcem para que a cobra fume.
Na defesa dos homens, os machistas denunciam que as mulheres os desrespeitam com as altas contas dos cartões de créditos, a qualidade e o atraso do almoço. Pelas mulheres, as feministas delatam os abusos masculinos, das agressões – verbais, físicas e sentimentais, principalmente sentimentais.
Na guerra, a essência das defesas tem o mesmo perfil: cada um no seu quadrado. Os defensores de Israel acusam o Hamas de provocar a nação de Abraão com homens e mulheres bombas. Os defensores do grupo islâmico preferem o discurso dos excluídos: “não temos terras, pátria, e somos perseguidos por um bando de loucos que não nos querem por perto”.
Na prática, os machistas querem que os homens ganhem na base da força masculina, as feministas querem que as mulheres eliminem os machistas com as lutas, os judaizantes torcem por Israel com apoio das balas de fuzis, e os palestinos querem que o Hamas mande Israel pelos ares, a qualquer custo. Ou seja, todos querem paz pela guerra.
Arthur Schopenhauer já dizia que as coisas devem ser refletidas pelo todo e não pelas partes. Se seguirmos o filósofo considerado pessimista iríamos todos entender que a guerra é uma estupidez da humanidade.
Estupidez porque a guerra, ao contrário do futebol, tem lógica: os fortes sempre ganham. Estupidez, porque guerra não produz paz, só outras guerras – Hitler e a Alemanha provam isso -. Estupidez, porque na guerra ninguém tem razão, só fins ilícitos.
Igualzinho a brigas de marido e mulher. Sem sentido.

0 comentários:

Postar um comentário

Subscribe to RSS Feed Follow me on Twitter!