quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Um número considerável de jornalistas, me incluo nesta lista, odeia decupar entrevistas. A maioria deles, também estou incluído, ama ver o trabalho editado. As longas entrevistas costumam dar qualidade à audiência. Não é qualquer um que tem paciência para consumir este produto jornalístico. Mas até chegar na parte da edição...

A melhor parte é a da entrevista em si. Quando você liga o gravador e começa a extrair o que de melhor, ou pior, seu personagem tem a oferecer. Tem umas vinte perguntas selecionadas, mas na maioria das vezes, as melhores respostas saem de uma pergunta que teve como gancho a resposta anterior.

Após o bate papo, alguns colegas partem logo para a missão de colocar a conversa no papel. Já não tenho este perfil. Prefiro ouvir uma, ou duas, vezes a conversa antes de transcrever. Esse trabalho me ajuda a pensar na edição. Depois, computador ligado, fone no ouvido e play no gravador.

E começa o sacrifício

Alguns entrevistados são tão lentos ao falar que você pode digitar e ouvir ao mesmo tempo. Mas a maioria fala na velocidade normal. É quando precisa pausar o gravador. Você pode ter umas mil horas de decupagem, mas sempre vai confundir o pause com o stop. E o cabelo paga o pato.

Me orientaram a passar a gravação para o computador e dele fazer a decupagem, mas nem assim escapo do erro. Aliás, ganhei duas teclas a mais para me confundir: o de ir para próxima faixa e vice-versa.


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